Uma mulher de 52 anos vem à consulta desconsolada: a cada
tentativa de abraçar seu netinho, ele a afasta. Há duas semanas, ouviu: “Não
quero abraço, vovó! Tá cheirando cigarro”. Essa foi a gota d’água. Um tanto
constrangida, diz que gostaria de parar de fumar, mas não acredita que o
consiga, por mais que adore seu neto: “Já tentei parar umas quatro ou cinco
vezes. Consegui por pouco tempo e voltei a fumar. Sem o cigarro viro um bicho,
fico muito irritada”.
Talvez pudéssemos começar um
diálogo com essa senhora a respeito de suas recaídas. O que será que a ajudou, ainda que por um tempo
limitado, a deixar de fumar? E quais as circunstâncias que poderiam tê-la levado
de volta ao cigarro? Isso porque o exame cuidadoso
de uma recaída aumenta a chance de sucesso de
uma nova tentativa de parar de fumar. Vamos lembrar que:
- ¶
A maioria dos fumantes faz entre 5 e 7
tentativas de parar de fumar antes de consegui-lo!
- ¶ As
tentativas geralmente não incluíram planejamento, com apoio de um profissional.
- ¶ Após o primeiro ano, é raro um ex-fumante
sofrer recaídas.
Por isso, eu lhe proponho um EXERCÍCIO: